Resistindo às Tempestades – 2ª Parte

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Vocês se lembram daquele pé de MAÇÃ? Aquele que nasceu sozinho, resistiu às tempestades e que um dia precisou de ajudar para se reerguer? Pois é… Um dia percebi que ele começou a ficar estranho. Já não tinha a mesma beleza, as folhas começaram a murchar e amarelar e olhando de longe, não havia razão para isso. Ele estava tendo os cuidados básicos. Era regado, continuava com estaca e havia sido adubado. E por mais que eu tentasse, nada parecia fazer efeito. Ele morreu. Meu pé de Maçã que havia sido tão forte e resistido a tantos desafios, morreu sem que eu conseguisse entender o porquê. Seus galhos ficaram fracos e secos, que se quebravam à mínima pressão. Resolvi tira-lo dali, aproveitar o vaso, trocar a muda. Não havia o que fazer mais por ele. Foi aí que tive a surpresa: não havia raízes! Como assim??? Onde estavam as raízes que o mantiveram firmes por tanto tempo? Tirei toda a terra do vaso e o que encontrei ali, para mim não tinha sentido. Mesmo com todo cuidado, com as podas e os venenos, a terra estava cheia de vermes, mandruvás, a coisa mais absurda e nojenta que já vi. Estes vermes tinham comido a raiz do meu pé de Maçã e eu não percebi. Jamais poderia imaginar o que estava acontecendo com a parte da planta que eu não conseguia ver: suas “RAIZES”.

O que eu aprendi com isso? Que muitas vezes nós somos como este pé de maçã. Passamos por lutas e desafios e na grande maioria das vezes conseguimos nos reerguer, levantar a cabeça e continuar. Podemos conseguir fazer isso sozinhos, outras vezes precisamos de ajuda, mas conseguimos “dar a volta por cima” e tocar a vida como podemos. Afinal, ela continua, não é mesmo? A vida não pode parar!!! Entretanto, estes desafios e lutas deixam marcas, uma cicatriz, um trauma, uma emoção toxica que vamos deixando passar, colocamos de lado e tentamos esquecer. Vamos colocando no fundo da nossa alma e não procuramos não olhar muito para ela, pois temos que prosseguir, não é verdade? Afinal… a vida não para. Mas eu aprendi que nestes casos a vida tem que parar sim. Para que possamos olhar para dentro de nós, nos conhecer melhor e ver o que está errado, o que está corroendo nossa alma, nossa alegria, sugando nosso vigor e devorando nossas raízes. Precisamos também observar melhor as “plantinhas”, as pessoas que estão ao nosso redor ou aos nossos cuidados e observar com mais cuidado. Nem tudo que parece bem da raiz para cima está no mesmo estado quando revolvemos a “terra”.

Invista tempo em você mesmo e nas pessoas ao seu redor. Muitas vezes, ao olharmos mais atentamente, encontramos alguns “VERMES”, que podemos chamar de mágoas, ressentimentos, tristeza, amargura, frustação, rejeição e tantos outros. Precisamos encontrar estes vermes e extirpá-los de dentro de nós a fim de podermos ser livres e fortes para viver a vida com a qual sonhamos. Caso contrário, corremos o risco de “morrer” emocionalmente falando. Perdemos a força, a alegria, o desejo de viver. E isso é um passo da depressão.

Você tem se sentido assim? Como se sua vida estivesse escoando aos poucos e sem forças para continuar? Não entre por este caminho, não se entregue. Você não está só! Conhece alguém neste estado? Conte conosco. Nós temos o antídoto certo para que estes “vermes” morram e suas raízes possam se recuperar, se fortalecer e voltar à vida com força e viço.

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